Legislação, gestão de pessoas e condominial, além de conhecimento financeiro já podem ser aprendidos em sala de aula
Já se foi o tempo em que o síndico era apenas um morador do prédio, hoje, o síndico profissional vem ganhando mais espaço no mercado e se aperfeiçoando cada vez mais para ser o agente das soluções que um condomínio precisa.
As necessidades dos moradores em terem uma administração mais eficiente e profissional, com impessoalidade nos problemas cotidianos e respaldo técnico sobre assuntos que permeiam o condomínio, contribuíram efetivamente para a profissionalização desta categoria.
De acordo com o diretor da CreditCon e especialista em direito imobiliário, Dr. Hadan Palasthy, o síndico profissional já pode ser visto como um administrador, muito embora a profissão ainda não seja regulamentada e os principais profissionais prestem serviço como autônomo ou prestador de serviço.
“Como em qualquer área estamos carentes de bons profissionais, contudo, este é um segmento que vem ganhando bastante adeptos, principalmente pela falta de preparo e tempo de alguns síndicos moradores. Um síndico profissional não mora no prédio, mas atua como gestor do condomínio”, explica.
Para Dr. Palasthy, o síndico profissional já encontra inúmeras formações e cursos para se aprofundar em assuntos, como: contabilidade, legislação, administração, manutenção, relacionamento interpessoal, entre outros. “Algumas empresas e instituições já oferecem opções de cursos e formações, como a Universidade SECOVI, SENAC e SEBRAE. São opções presenciais e online”, afirma.
Capacitações e salário
As remunerações para esta nova modalidade podem variar muito, mas partem de um salário mínimo podendo chegar até R$ 6 mil, entretanto, para quantificar este valor é necessário avaliar o período de permanência do síndico no prédio (carga horária dedicada), problemas a serem solucionados, equipe de trabalho, tamanho do empreendimento, entre outros pontos.
Como qualquer outra profissão o síndico também precisa se capacitar para ter um bom desempenho, pois, desta maneira, terá diferenciais administrativos. Abaixo, confira algumas habilidades, que são essenciais aos síndicos que desejam se profissionalizar:
Noção de legislação
Conhecer um pouco das leis que fazem parte do setor condominial é importante para lidar com burocracias que eventualmente podem acontecer, como por exemplo, a inadimplência do morador. Saber a quem recorrer e o que é legal ou não neste momento, é extremamente importante.
Gestão de pessoas
O síndico lida com pessoas o tempo todo e muitas vezes precisa intermediar conflitos. Ser impessoal e amenizar desentendimentos são pontos cruciais para manter a harmonia entre os moradores. “Pessoas divergem o tempo todo, por isso, é importante ter a presença de um mediador para equilibrar e manter as coisas no controle”, conta Dr. Palasthy.
Conhecimento em gestão condominial
A parte administrativa, financeira e jurídica podem ser a mais complicadas para o síndico, por isso, Dr. Palasthy explica que é necessário ter facilidades para lidar com estes temas. “Manter a sustentabilidade do prédio no que diz respeito às finanças realmente é algo desafiador, pois muitos gestores condominiais possuem diversas dificuldades em fazer e manter um planejamento financeiro para o prédio. Buscar conhecimento nesta área e ter familiaridade com gestão fiscal e financeira é fundamental”, afirma.
Familiaridade com tecnologia
Já existem diversas maneiras de otimizar a comunicação entre síndicos e condôminos, seja por meio de um site com intranet ou mesmo por aplicativos. Estas opções podem intermediar o contato e levar informações atualizadas a todos.
Não existe uma fórmula mágica para ser um bom síndico, mas o tempo dedicado pode ser algo importante para a profissão. “Hoje existem alguns cursos para qualificação do síndico, porém, pouquíssimos se mostram completos e é certo que o aprendizado nunca acaba. Bagagem, vivência e qualificação técnica podem formar e contribuir muito na vida profissional do síndico”, finaliza Dr. Palasthy.
Fonte: Segs – Portal Nacional