Reformar a casa é algo que cedo ou tarde precisa ser feito. Seja por necessidade de reparo aos danos que acontecem ao longo do tempo ou por vontade de renovar, as reformas eventualmente surgem em pauta.

Muitas pessoas costumam adiar as reformas, pois normalmente elas estão associadas a dores de cabeça e stress durante o período de obra. E, de fato, quase sempre reformas vão além do esperado, seja no quesito tempo ou orçamento.

Para que reformar a casa não se torne um pesadelo sem fim, algumas dicas podem ajudar você:

1. Planejamento é tudo

Tudo começa com um bom planejamento. Muitas pessoas tem a cultura de começar a reforma sem ter muita noção do que vai ser feito, como vai ser feito e em quanto tempo. E assim, começa uma obra que parece nunca ter fim. É claro que é praticamente impossível prever com 100% de exatidão todos os custos da obra, e é justamente por isso que é tão importante estar preparado.

Dessa forma é imprescindível entrar em contato com um profissional – arquiteto ou engenheiro. De fato, pesquisas indicam que contratar um profissional especializado em projeto de reformas pode significar uma economia de até 30% no final da obra. E além da economia, o acompanhamento profissional é necessário para garantir a segurança estrutural, evitar desperdícios, assegurar que os trabalhos estão atendendo as normas técnicas de execução e também de segurança do trabalho.

O arquiteto ou engenheiro deve sentar e conversar com o proprietário para definir as necessidades e as intervenções que deverão acontecer. Um bom projeto em mãos aliado com o acompanhamento profissional são essenciais para um reforma sem surpresas desagradáveis.

Vale a pena lembrar: Reforma x Reparo

As reformas são intervenções maiores, e envolvem aumento ou diminuição da área construída e precisam, além do acompanhamento profissional, de permissão legal dos órgãos competentes. Porém, alterações superficiais, como troca de revestimentos e pintura, são considerados reparos e dispensam qualquer tipo de regularização legal.

 

2. Cuidado com a estrutura e com sobrepeso

Antes de qualquer quebra-quebra, é preciso identificar qual parte da casa é estrutura e qual parte não é.

A grande maioria das casas no Brasil é feita com a estrutural convencional: fundação, vigas, pilares e laje. Isso significa que as paredes de alvenaria não possuem função estrutural e podem ser removidas no caso de uma reforma. Em paredes onde há muitos pontos de elétrica, essa retirada pode ser um pouco mais complicada, pois será necessário um rearranjo de mangueiras e fios elétricos.

Nas últimas décadas, outras tecnologias construtivas passaram a ser empregadas no país, como exemplo, a alvenaria estrutural e as paredes de concreto. Nesse tipo de construção não há os elementos clássicos de estrutura, e sim as próprias paredes são responsáveis pela sustentação da casa. Nesses casos, é expressamente proibido remover as paredes, com o risco de colapso da estrutura.

Adicionar paredes na hora da reforma é uma ação que demanda certos cuidados também. Novas paredes introduzem novas sobrecargas na estrutura, e é preciso certificar-se de que ela está preparada para recebê-las, especialmente se essas paredes forem adicionadas sobre uma laje – como no caso de segundo pavimento em um sobrado, por exemplo. Uma boa alternativa para paredes internas é o drywall ou parede de gesso, que não representam um aumento significativo de peso e podem ser facilmente retiradas caso necessário no futuro.

3. Procure a melhor mão-de-obra

Em termos gerais, a mão-de-obra compõe cerca da metade dos gastos durante a reforma e está, disparada, no primeiro lugar como a principal fonte de problemas e stress durante a obra. Algumas pessoas têm a tendência de escolher a mão-de-obra pelo menor preço, e no final acabam pagando caro por isso.

Uma mão-de-obra de qualidade e com experiência evita desperdícios e retrabalho, que são os dois principais causadores de gastos e atraso no cronograma. Além disso, é uma garantia que o proprietário tem que os serviços serão executados de maneira correta, principalmente nos casos em que a reforma é por necessidade de reparos e a vontade maior do proprietário é se ver livre de obras e problemas pelo maior tempo possível.

Portanto, procure a melhor mão-de-obra, para evitar maiores dores de cabeça durante o período de obras.

4. Repense seu modo de escolher os materiais

De nada adianta uma boa mão-de-obra, trabalhando com materiais inferiores. Como dissemos logo no início, é preciso se planejar antes de uma reforma e um dos pontos mais fundamentais no momento de compor um bom orçamento de obra é a escolha dos materiais. É importante definir previamente qual tipo de serviço será executado, para poder escolher os melhores materiais dentro do seu orçamento.

Repensar o modo de escolher os materiais significa sair do senso comum. Atualmente, existe uma infinidade de materiais disponíveis no mercado e todos eles estão há poucos cliques de serem descobertos. Na internet hoje é possível pesquisar extensivamente sobre as propriedades dos materiais e ainda comparar opiniões de outros usuários.

Outro ponto a se pensar é: a tecnologia dos materiais e das técnicas construtivas estão em constante evolução. Portanto, é sempre bom estar por dentro do que está sendo praticado e está dando certo. Às vezes, os materiais que você utilizou na sua última reforma há mais 20 anos foram melhorados ou substituídos e hoje são feitas de forma mais rápida, eficiente e barata.

5. Atenção para os problemas de infiltração

Em praticamente todas as casas é bastante comum haver problemas de infiltração, e ela se manifesta de várias maneiras. Na áreas próximas ao solo, por exemplo, a água se infiltra de maneira ascendente e deixa manchas escuras nas paredes. Já no teto, a água se infiltra por falhas no telhado ou por problemas de impermeabilização na laje. Independente do local, as infiltrações causam problemas, desde descascamento de pintura e revestimento até riscos estruturais.

O fato é que, muitas vezes o proprietário aproveita o momento da reforma para reparar todos esses danos, e renovar os aspecto visual negativo causado pelas infiltrações. É preciso ter atenção nesse momento, pois se a causa do problema não for resolvida, os problemas surgirão novamente e os reparos terão sido feitos em vão.

Portanto, é importante identificar os pontos de infiltração e em seguida refazer os sistemas de impermeabilização para resolver os problemas de forma definitiva.

Fonte: FiberSals

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *