O Rio de Janeiro começou o ano com 11 dias seguidos de sensação térmica acima dos 40ºC. Se a vida cotidiana está difícil para os seres humanos e seus poucos pêlos, para os cães a sobrevivência no clima quente é ainda mais complicada. O G1 ouviu donos de animais e veterinários em busca de dicas de cuidado para evitar, entre outros problemas, a hipertermia – a elevação da temperatura interna do corpo.
Em locais com grande circulação de animais, como no Parcão da Lagoa Rodrigo de Freitas, os donos trocam dicas sobre como amenizar os efeitos da temperatura.
“No calor, a gente tenta deixar eles em casa no período de 10h às 17h, que é muito quente para eles. E quando a gente volta da rua, a gente tenta umedecer, passar um paninho molhado para eles refrescarem, além de deixar o ar ligado o maior tempo possível”, explicou a advogada Fernanda Mattos, que cuida de Bebel, Mag e Thor.
“Diferente da gente, os cães não transpiram como nós. A gente transpira, está suando, a gente troca calor. Esfriando o corpo pela perda de água. O cão também perde água, mas de uma forma diferente, através da respiração. Ou seja, ele transpira, basicamente, pela língua. Não é uma transpiração, é uma troca de água, uma troca de calor. O animal tem que respirar bem para ter uma troca de calor definida e bem feita”, explica o veterinário Rubem Bittencourt, membro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro.
Como respirar bem é fundamental para o bem estar dos animais, de acordo com Rubem, os donos de raças com focinho chato, como buldogue e boxer, devem prestar atenção à respiração de seus animais. Mas as dicas de cuidado com os bichinhos valem para todos as raças.
“É importante observar a hora que sai com os cães. Não sair em um horário de calor, procurar andar na sombra, levar uma vasilha com água é interessante, para ele poder beber. Se for preciso, jogar água no cão também. São medidas preventivas que ajudam a evitar acidentes mais graves. Lembrando também que as patas também sofrem com o calor”, explicou Rubem.
Segundo ele, é preciso estar atento aos primeiros sinais de que o cachorro precisa de ajuda. Respeitar o limite do animal é fundamental.
“Sentiu que o cachorro está respirando muito forte, muito rápido, a melhor coisa é: acalme o cachorro, dê água para ele e jogue uma água para esfriar a temperatura corporal.”
Caso o animal não se recupere, os donos devem procurar o serviço médico veterinário imediatamente.
Picolé de água de coco
Na clínica onde Rubem Bittencourt trabalha, o número de atendimentos por hipertermia aumenta 30% no verão. Jogar água no cão e fazer agrados com água ou água de coco congeladas também são ideais para fazer com que o bicho fique mais confortável.
Essa estratégia já é usada pela comerciante Taissa Vaillé. Seus dois cães, Sansão e Vida, são alucinados em picolés de água de coco congelada.
“Um dia que estava muito quente eu dei uma pedrinha de gelo para eles, que adoraram. Passei a dar gelo sempre. Um dia resolvi testar o picolé. Comprava um para mim e outro para eles. O veterinário sempre falou que tinha que ser fruta e que não fosse cítrica. Aí a gente passou a fazer em casa o picolé de água de coco. A gente faz na forminha de coco ou de picolé. Eles adoram. É a sensação aqui em casa”, explica Taissa. As fotos dos animais não deixam dúvidas sobre como eles gostaram. Agora, quando alguém abre o congelador, os cães ficam atentos, esperando pela guloseima.
Fonte: G1
muito bom o seu artigo
Obrigada, Janete. Tem artigos novos toda semana, acompanhe 🙂
Gostei muito do que li aqui no seu site.Estou estudando o assunto,Mas quero agradecer por que seu texto foi muito valido. Obrigado 🙂
É um prazer ter ajudado, Felipe! Fique de olho, que tem novidade toda semana aqui, sabia? 😉