Líder do segmento, com participação de mais de 66% na concessão de crédito para mercado imobiliário, a Caixa Econômica anunciou novas medidas, principalmente redução de juros, que beneficiam tanto a pessoa física como jurídica.
Com condições mais atraentes, até o fim deste ano o banco pretende disponibilizar R$ 93 bilhões para o crédito habitacional. Segundo especialistas, as vantagens oferecidas pela Caixa tem tudo para impulsionar os negócios em Niterói nos bairros de Pendotiba e Santa Rosa, além da Região Oceânica.
Uma redução da taxa de juros para pessoa física e pessoa jurídica e a diminuição da cota mínima de financiamento dentro do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) foram as principais medidas anunciadas pela Caixa Econômica Federal na última terça-feira.
Para clientes que adquirirem imóveis novos ou na planta, cuja construção tenha sido financiada pela Caixa, e fizerem a opção de receber o salário pela Caixa, o banco irá oferecer taxas de juros especiais, iguais às oferecidas aos servidores públicos.
As taxas de juros passariam, nesse caso, de 11,22% a.a para 9,75% ao ano, no caso de imóveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 12,5% a.a para 10,75% a.a, para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
“Um forte estímulo para facilitar a aquisição de imóveis. Um dos pilares de um mercado imobiliário fortalecido é o crédito. Quando um banco referência no segmento anuncia essa redução dos juros, certamente aumenta a procura”, afirma Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio.
Com isso, todos os clientes pessoa física que financiarem imóveis, novos ou usados, enquadrados no SBPE, terão redução linear de 0,25% a.a, independente do relacionamento com o banco.
“Desde 2012 a gente não tinha uma redução de juros, que ainda não é o melhor patamar possível mas, somado ao novo cenário político sem as indefinições anteriores, já representa um bom estímulo”, ressalta Bruno Serpa Pinto, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Niterói (Ademi Niterói).
As novas medidas são consequências da diminuição da taxa Selic – taxa básica de juros da economia brasileira – anunciada recentemente pelo Banco Central, e tem o objetivo de contribuir para impulsionamento das vendas de imóveis novos de construtoras parceiras, e ainda, atrair novos clientes para a instituição, motivados pelas novas condições especiais no crédito imobiliário.
“Em Niterói, o aumento no volume de negócios impulsionado pelas novas vantagens da Caixa, certamente vão girar em torno de Santa Rosa, que hoje conta com uma grande diversidade de lançamentos, e Pendotiba, que com o novo plano urbanístico passa a contar com projetos com padrões mais elevados e melhor mobilidade em decorrência da construção da TransOceânica. E claro, a Região Oceânica, também por conta dessa mobilidade resolvida”, destaca Serpa Pinto.
PJ – Já para pessoa jurídica, a Caixa reduziu a taxa de juros em 1%, em todas as faixas de relacionamento. Assim, as taxas para micro e pequenas Empresas (MPE) caem de 14% para 13%, e para médias e grandes empresas (MGE) de 13,5% para 12,5%.
O banco implantou também o sistema de taxa segregada por classificação de crédito ou rating, para o segmento corporativo, que visa beneficiar as empresas com alto índice de relacionamento com a Caixa.
Com a medida, a redução de juros, de acordo com o relacionamento, pode chegar até 1,5% para empresas com classificação de crédito ou rating A, a taxa deve variar de 12,5% para 11%. Para empresas com rating B e C, as taxas mínimas chegam, respectivamente, a 11,5% e 12%.
Retomada – Um conjunto de fatores começam a possibilitar uma retomada do mercado imobiliário. De acordo com o advogado especialista, Jansen de Melo, o Governo tem se movimentado tentando implementar incentivos, principalmente através da Caixa Econômica, para que haja uma recuperação rápida. Mas para ele, embora bem-vindas, além dessas medidas, ainda é preciso devolver aos interessados o poder de compra e a segurança necessária para assumir um investimento.
“O imóvel é um produto que precisa ser consumido e, para tanto, tem que estar ao alcance do consumidor. Por isso, não basta criar mecanismos que facilitem a compra, prolongando o tempo de financiamento e diminuindo os encargos sofridos. Também é necessário criar soluções para aumentar a capacidade financeira do cidadão. Se a inflação não for controlada e o país não retomar o crescimento, fica difícil voltar a o patamar de antes”, afirma Melo.
A Caixa ainda realizou uma série de ajustes para empresa que pretendem financiar a construção de empreendimentos pelo banco, dentro do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que atende quem já possui um imóvel, tais como elevação do prazo do produto para até 36 meses, concessão de carência pós-obra de 12 meses, utilização da tabela price nos contratos de produção e possibilidade de acréscimo de 25% no financiamento sobre a obra a executar.
Além da redução de juros e taxa especial, a Caixa também promoveu melhoria de condições no financiamento de imóveis para pessoa física. O limite mínimo de financiamento no SBPE passou de R$ 100 mil para R$ 80 mil. A medida busca atender o mercado de unidades habitacionais nessas faixas e vale para tanto para imóveis novos como usados, dentro do SFH e SFI.
Lembrando que o limite do SFH para imóvel residencial é R$ 650 mil, para todo país, exceto para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde é de R$ 750 mil. Os imóveis residenciais acima dos limites do SFH são enquadrados no SFI.
O momento é grandes oportunidades, mas para comprometer entre 25% e 30% do orçamento com um financiamento, por 30 anos, o comprador precisa ter confiança de que seu emprego vai se manter, ressalta a advogada Sabrina Rasga.
“Sem isso, a demanda não se anula, mas se reprime. O fato é que, ao menos, no início de 2017, os preços dos imóveis ainda devem se manter em baixa, o que possibilitará o comprador encontrar preços convidativos em diversas regiões que, aliado à redução dos juros, pode possibilitar a realização de negócios”, finaliza Sabrina.
Fonte: O Fluminense